Na última quinta-feira (10), o Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR registrou uma queixa na corregedoria da Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco. O motivo da queixa foi a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar na fiscalização do dia 09 de dezembro, que verificava se estava sendo cumprida a determinação de que apenas os ônibus com cobrador podem circular no Recife e Região Metropolitana. A fiscalização seguia pacífica, amparada tanto pela lei 18.761/2020 do município do Recife quanto pela portaria 167/2020 do Governo do Estado, quando a polícia estabeleceu o prazo de três minutos para que o Sindicato deixasse a garagem ou seria usada a força.
Tal ultimato, feito por um tenente do Batalhão de Choque, estaria apoiado em uma liminar judicial que proibiria as ações nas garagens. Presentes na empresa Caxangá, um advogado da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a Deputada Estadual Jô Cavalcanti, do Mandato Juntas, e assessores do mandato do Vereador Ivan Moraes solicitaram ao tenente que fosse apresentada a liminar. O tenente afirmou então que não possuía uma versão impressa e mostrou rapidamente um print de um trecho do que seria a liminar no aplicativo WhatsApp.
Após a repressão policial que encerrou a fiscalização, o jurídico do Sindicato dos Rodoviários constatou que o print apresentado pelo Batalhão de Choque era falso. A liminar e o mandato de segurança solicitados pela Caxangá haviam sido negados pela Justiça, assim como foram negados os pedidos por parte da Metropolitana.
O registro da queixa na corregedoria tem por objetivo averiguar de onde saiu a ordem para a repressão policial e determinar quem foi o responsável pela falsificação da liminar.
Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários, afirma que foram feitos muitos vídeos e fotos no local que provam a ação ilegal da polícia. Ele questiona também os motivos que levaram à repressão, já que os rodoviários estavam amparados pela lei. “Por qual motivo as empresas estão usando as forças de segurança pública para desrespeitar a determinação do próprio Governo do Estado, que proibiu a circulação de ônibus sem a presença do cobrador?”, pergunta Aldo.
O Sindicato dos Rodoviários também exige uma explicação do governador Paulo Câmara a respeito desta operação ilegal da tropa, da qual ele é o chefe direto.
Veja vídeos com a ação da PM de Paulo Câmara:
Pedido de liminar e mandado de segurança da Caxangá foram negados pela justiça. Veja documento clicando aqui.
Bom dia Aldo e toda DIRETORIA do SINDICATO, mediante o exposto de estelionato, fraude e truculência do Batalhão de choque, sugiro a comunicação deste fato a imprensa .